O pianista
“Todo técnico em mecânica de pianos sabe afinar um piano, mas nem todo afinador de pianos é um técnico capacitado em mecânica de pianos”, garante Orlando Massiere, pianista, bacharel em piano pela Universidade Federal do Rio de janeiro e figura atuante no mercado de pianos e teclados há mais de 30 anos.
Orlando morou em Paris nos anos 90, onde estudou sobre construção e restauração de pianos históricos e acústica de ambientes. Em 2004 criou o Atelier do Piano para representar as grandes marcas de pianos nacionais e estrangeiras e poder orientar seus clientes com propriedade sobre pianos novos e usados, utilizando sempre informações relevantes e embasadas sobre estruturas e todos os fatores envolvidos nos processos de restauração.
“Para um técnico sério, restaurar um piano vertical ou restaurar um piano de cauda são operações que envolvem custos de mão-de-obra idênticos. Trata-se do mesmo número de horas trabalhadas porque não importa se o piano está deitado ou em pé. Ambos tem 88 notas, 88 martelos e o mesmo número de cordas e cravelhas. Logo, os maquinários tem a mesma quantidade de peças a serem substituídas.
Dentro dessa lógica, pode-se dizer que vale a pena restaurar 90% dos pianos de cauda, enquanto apenas 10% dos pianos verticais faz juz a esse serviço”, conclui o especialista.